"Cristo Alfa e Ómega", assim se intitula o parágrafo que conclui a primeira parte da Constituição pastoral Gaudium et spes, do Concílio Vaticano II, promulgada há quarenta anos. Naquela bela página, que retoma algumas palavras do servo de Deus Papa Paulo VI, lemos: "O Senhor é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações". E assim continua: "Vivificados e reunidos no seu Espírito, caminhamos em direcção à perfeição final da história humana, que corresponde plenamente ao seu desígnio de amor: "recapitular todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra" (Ef 1, 10)" (Gaudium et spes, 45). À luz da centralidade de Cristo, a Gaudium et spes interpreta a condição do homem contemporâneo, a sua vocação e dignidade, assim como os âmbitos da sua vida: a família, a cultura, a economia, a política e a comunidade internacional. Esta é a missão da Igreja ontem, hoje e sempre: anunciar e dar testemunho de Cristo, para que o homem, todo o homem, possa realizar plenamente a sua vocação.
A Virgem Maria, que Deus associou de modo singular à realeza do seu Filho, nos conceda acolhê-lo como Senhor da nossa vida, para cooperar fielmente no advento do seu Reino de amor, de justiça e de paz.
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